O jardim filtrante é uma solução com muito potencial sustentável, relativamente barata e fácil de implementar.

Além disso, ele é absolutamente necessário, já que o nosso modo de vida atual, infelizmente, ainda envolve muito desperdício e mau aproveitamento dos recursos naturais. Agimos como se eles fossem inesgotáveis e colocamos em risco as gerações futuras.

Nós do Grupo Hídrica apoiamos e incentivamos práticas como essa. Por isso, criamos este artigo para quem não conhece o assunto e tem curiosidade sobre o tema da purificação das águas dos esgotos.

Acompanhe:

Afinal, como funciona um jardim filtrante?

As águas que são utilizadas e descartadas por uma residência podem ser de dois tipos:

  • As águas cinzas são aquelas provenientes de pias, chuveiros, tanques, mangueiras etc.
  • Já as águas negras são as que provêm de vasos sanitários.

Os jardins filtrantes são responsáveis por purificar as águas cinzas e, por isso, são complementares a um sistema de fossas sépticas biodigestoras, que tratam as águas negras. Estas últimas só podem ser depuradas por meio das fossas biodigestoras.

Basicamente, a ideia por trás do procedimento da fitorestauração — também conhecida mais popularmente pelo nome de “jardim filtrante” — é a de criar uma estrutura semelhante a áreas alagadas naturais.

E, por meio de cultivo nessas áreas, utilizar microorganismos presentes nas raízes de plantas aquáticas para purificar a água cinza.

Se comparadas com os brejos ou pântanos, essas instalações são menores e criadas artificialmente. O recomendado é que elas sigam a proporção de 1 metro quadrado por habitante na residência.

O seu objetivo é receber essa água que vem das pias, chuveiros e tanques e torná-las não contaminantes, removendo substâncias não biodegradáveis como detergentes, por exemplo.

Embora não sejam tão danosas para o meio ambiente quanto as águas negras, as águas cinzas também merecem atenção.

O processo de filtração da água

Uma das vantagens de um jardim filtrante é que ele é relativamente simples de instalar. Consiste, basicamente, na perfuração de uma vala no solo, que é coberta por britas.

Acima dessas britas é instalada uma manta flexível de PVC, EPDM (Borracha de Etileno Propileno Terpolímero) ou outro material equivalente.

Essa manta, por sua vez, é coberta com areia.

A ideia é que a água cinza saia da sua casa, passe por uma caixa de retenção que bloqueie os resíduos sólidos e então por uma caixa de gordura. Depois disso, ela chega aos jardins filtrantes, onde plantas macrófitas a submetem a um processo de depuração.

O papel das plantas no processo

As plantas macrófitas ou macrófitas aquáticas são as responsáveis por reter as impurezas da água cinza. Microorganismos presentes nas raízes desses vegetais fazem a decomposição dos poluentes.

Além disso, as plantas cumprem também uma função ornamental nesses jardins. Elas tornam o espaço das valas mais bonito e agradável, dando a elas o aspecto de um jardim comum.

Para isso, sugerimos que, se optar pela instalação de um desses jardins, você dê preferência para macrófitas que geram flores.

Ou seja, os jardins filtrantes são uma solução bonita, sustentável, prática e barata para a água cinza produzida na sua residência. Uma verdadeira prova de que as ideias mais simples são as que podem mudar o mundo, não é verdade?

Quer saber mais sobre como a água chega à sua casa, a pureza e qualidade dela? Baixe o nosso ebook “O que você precisa saber sobre poços artesianos”.

Em breve, vamos lançar também um material bem completo sobre os jardins filtrantes, ensinando inclusive como criar o seu. Aguarde!