A água é essencial à vida, mas isso não significa que ela esteja disponível igualmente para todos. Alguns países, como o Brasil, são privilegiados quando o assunto são recursos hídricos. Apenas em nosso território correm 12% da água potável do mundo, embora estejamos longe de ser exemplo de uso da água.

Já outras regiões como o Oriente Médio, por exemplo, são duramente castigadas pela escassez desse recurso natural. A sua falta leva a disputas e elas tendem a se agravar nos próximos anos, já que a água fica cada vez mais rara e restrita.

Dando sequência à nossa série de artigos sobre o papel estratégico da água para o desenvolvimento humano, hoje vou falar sobre as guerras e conflitos que a sua escassez suscita.

O uso da água por Israel, Palestina e Jordânia

Se você pensa que guerras pela água são assunto de algum filme futurista de ficção científica, está enganado. Desde 1967, as tensões políticas em torno da água no Oriente Médio vêm se intensificando.

Naquele ano, Israel invadiu a Jordânia para ter acesso à nascente do Rio Jordão. Hoje, a população da Palestina vive no deserto sem acesso direto a recursos hídricos, o que não permite que essas disputas cessem.

O Estado de Israel, atualmente, consegue água potável por meio de um complexo sistema de dessalinização da água do mar. Esse sistema é conhecido como osmose reversa.

Segundo o Cônsul de Israel em São Paulo para assuntos econômicos, a meta do país é que, até 2050, 75% da sua água potável seja extraída do mar por meio desse processo.

O uso da água por Turquia, Iraque e Síria

Esses 3 países são abastecidos pelos rios Tigres e Eufrates. Em 2009, uma seca diminuiu muito mais que o aceitável esse abastecimento, gerando uma perigosa troca de acusações entre as nações.

O governo iraquiano, por exemplo, alegava que o uso desmedido que os outros dois países faziam da água submetia seu povo a privações e problemas econômicos.

Esses são apenas alguns exemplos de como a nossa situação geopolítica pode piorar, se não administramos bem esse recurso imprescindível que é a água.

Pressionando nossos representantes, denunciando abusos e utilizando de forma racional esse recurso, podemos reverter essa situação. E, quem sabe, viver um futuro em que os nossos maiores bens sejam igualmente divididos.

Tem alguma experiência ou conhecimento a relatar? Quer deixar a sua opinião sobre o uso consciente da água? Basta escrever aqui embaixo, na caixa de comentários. Esse debate é importante, e a melhor maneira de começá-lo é aqui e agora!