Um órgão centralizador do desafio, transparência no monitoramento e participação ativa da população e de universidades. Esses são alguns dos ingredientes para a receita do sucesso na despoluição de outras baías pelo mundo. No Rio de Janeiro, passados 20 anos desde as primeiras ações para limpar a Baía de Guanabara e após os governos gastarem R$ 5,5 bilhões, a baía continua poluída.

Nos últimos três dias, o EXTRA mostrou que toneladas e toneladas de esgoto e lixos industrial e flutuante são despejadas todos os dias em suas águas. As Olimpíadas de 2016 — que pareciam um trampolim para realizar o sonho de ver a Baía de Guanabara balneável — não verão 80% dela despoluídos, como foi prometido no caderno de encargos da candidatura do Rio para sediar os Jogos. Outros R$ 12 bilhões devem ser gastos até 2030, conforme novo plano da Secretaria estadual do Ambiente. O valor deverá universalizar a rede de esgotamento sanitário nos 15 municípios do entorno. Para especialistas em saneamento e meio ambiente ouvidos pelo EXTRA, no entanto, a resposta para o problema não deve ser medida apenas em cifras.

Baías frequentemente abrigam uma rica biodiversidade, incluindo várias espécies de plantas, peixes, aves e mamíferos marinhos. A poluição pode afetar negativamente esses ecossistemas, causando a morte de espécies locais e a destruição de habitats. A despoluição ajuda a preservar esses ecossistemas vitais. Além disso, a poluição das águas pode comprometer a qualidade da água, tornando-a insegura para consumo humano e atividades recreativas. Contaminantes como metais pesados, produtos químicos industriais e esgoto podem causar doenças graves. A limpeza de baías contribui para a proteção da saúde pública.

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