O relatório mais recente do Boletim Painel El Niño 2023-2024 ilustra o impacto hídrico do El Niño no Brasil, disponível no site da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que oferece insights valiosos sobre o monitoramento, previsões e impactos desse fenômeno climático. Para quem ainda não conhece, El Niño é um fenômeno climático que ocorre periodicamente no Oceano Pacífico Equatorial, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas superficiais do mar. Esse aquecimento tem efeitos significativos no clima global, causando mudanças nos padrões de temperatura e precipitação em várias partes do mundo. No Brasil, resulta em períodos de chuvas intensas em algumas áreas e secas em outras, dependendo das interações complexas entre o fenômeno e outros sistemas climáticos regionais.

impacto hídrico do El Niño

Quais regiões no Brasil são mais afetadas?

Em partes do Nordeste brasileiro pode ocorrer uma diminuição nas chuvas, levando a condições de seca e escassez de água. Isso pode afetar a agricultura, causando perdas nas safras e impactando a disponibilidade de água para uso humano e animal. Já em algumas partes da região Norte, pode resultar em chuvas acima da média, especialmente em áreas próximas à Amazônia. Isso pode levar a inundações e enchentes, afetando comunidades ribeirinhas e ecossistemas aquáticos. Enquanto que na Região Sul aumenta a probabilidade de chuvas intensas e tempestades que podem agravar em enchentes, deslizamentos de terra e danos à infraestrutura. Como podemos ver, inúmeras partes do Brasil podem ser afetadas e isso se estende também ao Sudeste brasileiro que pode experimentar um aumento na frequência e na intensidade de chuvas, especialmente no verão. Algo que também pode ser acompanhado por eventos de tempestades e enchentes, impactando áreas urbanas e rurais. Por fim, a Região Centro-Oeste também é uma das impactadas podendo vir a ter algumas áreas experimentando chuvas acima da média e outras enfrentando condições de seca, afetando a produção agrícola e a disponibilidade de água para irrigação.

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O que podemos esperar no futuro?

Segundo as informações fornecidas, as previsões indicam uma diminuição na intensidade do El Niño em relação aos meses anteriores, classificando-o atualmente como de intensidade moderada. Os modelos climáticos sugerem que as anomalias de temperatura da superfície do mar devem atingir a neutralidade no segundo trimestre do ano, com a possibilidade de formação do fenômeno La Niña no segundo semestre. Diferentemente do El Niño, o La Niña é caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico e pode resultar em chuvas intensas no Norte e Nordeste do Brasil, bem como em secas no Sul do país. O boletim destaca as previsões climáticas para os meses de março, abril e maio, que apontam uma maior probabilidade de chuvas abaixo do normal em parte das regiões Norte e Nordeste. Por outro lado, há uma expectativa de chuvas acima da média em áreas da região Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo e algumas áreas do Norte.

Como ficará a temperatura?

Quanto às temperaturas, a previsão sugere uma maior probabilidade de temperaturas acima do normal, principalmente no Centro-Norte do Brasil. O Painel também aborda a situação dos recursos hídricos, destacando as condições de seca em todo o país. O Monitor de Secas da ANA revela redução de áreas com seca extrema no Amazonas, mas o surgimento de áreas com seca grave no leste do Pará e aumento da área com seca grave em Roraima. No Nordeste, houve a aparição de áreas com seca grave no interior do Maranhão, Pernambuco e sul do Ceará, embora áreas com seca grave tenham diminuído na Bahia e ao sul do Piauí. Além disso, foram observadas áreas com seca grave no interior de Goiás e uma ampliação da área com seca fraca no interior de São Paulo.

É importante observar que os efeitos do El Niño podem variar de evento para evento e podem ser modificados por outros fatores climáticos regionais e globais. Portanto, é essencial monitorar de perto as condições climáticas e os avisos meteorológicos durante períodos de El Niño para se preparar e responder adequadamente aos impactos potenciais.

O Grupo Hídrica, se importa e cuida das águas ao redor do Brasil, por isso fazemos o convite para todos os que nos leem para que tenhamos um pensamento mais consciente quanto a necessidade de ações mais sustentáveis para cuidarmos do nosso planeta Terra, casa de todos nós. Acompanhe nosso trabalho em https://grupohidrica.com.br.

 

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