Frequentemente, lemos notícias alertando sobre taxas de umidade relativa do ar abaixo dos 20%. Esse receio não é excesso de cuidado. A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que o risco à saúde é iminente quando os valores dessa taxa estão abaixo desse valor.
A incidência de chuvas também está relacionada a esse fenômeno, sendo uma de suas causas e também consequências. E esses dois fatores, combinados, podem trazer diversos prejuízos à saúde.
Qual seria a umidade do ar ideal? Antes, precisamos entender melhor os conceitos desse evento e o que provoca a alteração brusca dos valores de umidade do ar. Acompanhe:
O que é a umidade do ar
Também chamada de umidade atmosférica, umidade do ar é o termo usado para se referir à quantidade de vapor de água presente na atmosfera. Como você já viu, esse fenômeno tem forte influência nas chuvas, mas não apenas isso. A sensação térmica e a temperatura também são influenciadas por ela.
Efeitos na temperatura e sensação térmica
Em relação à temperatura, a umidade do ar está intimamente ligada à amplitude térmica, que é a diferença entre a máxima e a mínima temperatura de um local em um dado período de tempo.
A água, por sua especificidade de calor, consegue preservar por mais tempo as temperaturas ambientes. Ou seja, quando há grande quantidade de vapor de água no ar, as temperaturas poderão ser conservadas por mais tempo. O contrário disso é o que acontece no deserto, por exemplo.
Nas áreas desérticas, o termômetro chega a apontar mais de 50 graus durante o dia e temperatura negativa durante a noite. Tudo isso devido a pouca quantidade de água na atmosfera daquela região, permitindo que as temperaturas não sejam preservadas e mudem rapidamente.
Efeitos na incidência de chuvas
Os lugares onde a umidade do ar é considerada baixa apresentam menores taxas de chuvas e clima seco. O oposto disso, faz com com aquela área tenha clima úmido e alto índice pluviométrico.
Podemos entender que o volume de chuvas tende a ser maior em lugares mais úmidos, devido ao fato de a saturação do ar que provoca a condensação nessas regiões ser mais frequente.
Umidade do ar e saúde
Como explicamos acima, a OMS estabeleceu os valores da umidade do ar considerados saudáveis e os que são prejudiciais à saúde.
De acordo com o que é amplamente divulgado, índices de umidade relativa do ar abaixo dos 70% não são os que a OMS considera ideais, mas são aceitáveis aqueles até 40%.
Ainda de acordo com a classificação desse órgão, se o ar atingir níveis de umidade abaixo de 12%, deve ser decretado estado de emergência na região, o que determina a suspensão de algumas atividades como as aulas, por exemplo.
A baixa umidade do ar pode acarretar problemas mais sérios, como:
- Aumento de alergias, devido ao ressecamento de mucosas
- Ressecamento da pele
- Irritabilidade dos olhos
- Aumento da incidência de incêndios
A alta umidade relativa do ar — valores acima dos 70% — também traz malefício, como a sensação de calor extremo devido à dificuldade de evaporação do suor do corpo.
Também são recomendadas algumas medidas para o combate aos danos causados pelo ar seco. Hidratar-se bastante, proteger-se do sol e aplicar de soro fisiológico nos olhos e no nariz, são algumas das recomendações mais frequentes feitas pelos médicos nesse período.
No Blog do Grupo Hídrica você encontra mais assuntos sobre os efeitos da água, em suas várias formas, na vida dos seres humanos e do meio ambiente em geral. Veja outras postagens e descubra mais curiosidades sobre o tema!