No final dos anos 80, as questões hídricas no Brasil ainda tinham muito o que evoluir para chegarem ao patamar em que estamos hoje. Por essa época, já estava em vigor há quase 50 anos o Código das Águas, documento que estabelece que as águas em território nacional pertencem à União.

Além desse documento, havia sido criada fazia pouco tempo a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH), que delimita o uso da água, estabelecendo que ele fosse racionalizado — sendo, inclusive, priorizado o consumo humano em situações de escassez.

No país que detém as maiores reservas de água doce do mundo (cerca de 12% do total) — em um momento de implantação de uma legislação mais rigorosa sobre o uso da água — nasceu a Hospitalar Comércio e Representações em 1988, primeiro braço do que viria a ser o Grupo Hídrica.

Hospitalar: água para hemodiálise e uso médico

Sob rigorosa supervisão técnica do jovem engenheiro José Luiz de Vilhena Ferreira, e controle administrativo de sua esposa Adriana Botelho, a Hospitalar oferecia tratamento de água para hospitais, materiais e serviços para hemodiálise, farmácias de manipulação, laboratórios, entre outros segmentos da área da saúde.

Já naquela época, a empresa adquiria experiência em tratamentos especiais de água, como osmose reversa e polimentos finais para obtenção de águas reagentes tipos 1, 2 e especiais.

O trabalho com a água hospitalar — pela responsabilidade e exigência técnica que demanda — serviu como fonte de aprendizado a ser utilizado em diversas outras áreas empresariais.

A tragédia de Caruaru

A hemodiálise é um procedimento fundamental para a vida de pessoas que apresentam disfunções renais.

A água utilizada no processo deve ser especialmente tratada para esse fim, uma vez que entra em contato com a corrente sanguínea dos pacientes num processo de filtração artificialmente induzido, removendo toxinas presentes no sangue que, em condições naturais, seriam filtradas pelos rins.

A tragédia de Caruaru, em 1996, também conhecida como “tragédia da hemodiálise”, marcou a história da medicina no Brasil. Marcou, também, a legislação que regulamenta esse procedimento e o aprimoramento técnico da Hospitalar.

Àquela época — a saber, o ano de 1996 — 60 pacientes morreram devido a uma toxina denominada microcistina, produzida por uma cianobactéria presente na água utilizada num processo de hemodiálise ao qual foram submetidos.

Em baixos níveis, a microcistina é inofensiva. No entanto, em contagens elevadas, pode ser letal.

Foi o que aconteceu na cidade de Caruaru, cuja água, advinda da barragem de Tabocas, passava por um severo racionamento em 1996. Captada em caminhões pipa, a água era tratada com soluções de hipoclorito como forma de eliminar as bactérias. Porém, a microcistina liberada pelas cianobactérias mortas atingiu níveis tão elevados que levaram a óbito todas essas pessoas.

O aprimoramento técnico da purificação de água

A necessidade de aprendizado e aprimoramento técnico decorrente da tragédia de Caruaru ficou clara. Não demorou para que a fiscalização da água de hemodiálise se tornasse mais rigorosa.

Foram criadas, nos hospitais, salas específicas para o tratamento dessa água, e sistemas específicos para ultrapurificação por máquinas de Osmose Reversa passaram a ser obrigatórios.

Armazenada num tanque pulmão hermeticamente fechado, a água passou a ser avaliada segundo diversos parâmetros, como condutividade elétrica, pH, cloro livre residual e controle microbiológico, gerando relatórios técnicos fiscalizados permanentemente pela Vigilância Sanitária, num rigoroso controle de qualidade anterior ao abastecimento das máquinas de hemodiálise.

A Hídrica e o Grupo Hídrica

Motivada por esse aprimoramento e usando sua experiência para atender o novo mercado, muito mais exigente, de água para hemodiálise, a Hospitalar revolucionou seus processos e aprimorou-se também, buscando sempre novas tecnologias.

Paralelamente, havia uma demanda cada vez maior de água especialmente tratada para várias outras finalidades além de áreas da saúde, como indústria cosmética, automobilística, alimentícia, rede hoteleira, condomínios, residências, etc.

A boa imagem da Hospitalar no mercado, construída ao longo da busca constante pela qualidade e em relações de muito respeito para com seus clientes, forneceu as bases para o próximo passo da empresa, a criação da Hídrica em 2004.

Esse novo braço do que viria a ser o Grupo Hídrica dedicava-se a outros nichos de mercado fora do setor hospitalar.

Assim, já naquela época, passaram a ser oferecidos, por exemplo, serviços como o abrandamento de água residencial em regiões de relevo cárstico de Minas Gerais e do Brasil, que tradicionalmente apresentam alto teor de calcário dissolvido na água, mesmo depois de tratada por concessionárias.

Além desse serviço, a Hídrica tornou-se especialista na fabricação de seus próprios sistemas de osmose reversa, desmineralizadores e abrandadores industriais por troca iônica, filtros especiais para parâmetros específicos, potabilização, dentre outros, além de oferecer consultoria no desenvolvimento de projetos técnicos para tratamento de água.

A marca Grupo Hídrica surgiu em 2015, e é formada pela junção da Hospitalar e Hídrica. Hoje, continua sendo gerida por seus fundadores, José Luiz e Adriana, agora também com o suporte de seus filhos Bernardo e Conrado Vilhena, respectivamente gerente de projetos e gerente de produção da companhia.

Já são 30 anos dedicados à qualidade da água e mais de 10.000 serviços realizados. As atividades e o sucesso do Grupo Hídrica carregam as marcas positivas da qualidade e do bom atendimento a usuários residenciais e empresas, ética e transparência.

Tudo isso pautado pelo conhecimento técnico, fruto de muito estudo, aprimoramento profissional e três décadas de experiência.

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