O “La Niña” é um fenômeno natural que ocorre, geralmente, entre 2 e 7 anos e afeta o comportamento climático de algumas regiões do planeta. O acontecimento, que teve a sua última ocorrência datada em 2012, aparece novamente este ano e, no Brasil, a sua presença se tornou mais perceptível no segundo semestre de 2016 causando escassez de água.

Este ano, durante o período que compreende o inverno brasileiro, a região sul e sudeste do país sofrem com o inverno de temperaturas mais baixas que o normal e com o clima seco devido à baixa umidade do ar.

A situação, no entanto, é preocupante, pois sendo o inverno a estação mais seca do ano, além do alerta para a saúde pública – particularmente para crianças e idosos que sofrem nesse período com desidratações e problemas respiratórios – também há considerável queda nos níveis dos reservatórios responsáveis pelo abastecimento de água nessas regiões. Com o fenômeno e consequentemente um inverno seco, alguns pontos das regiões sul e sudeste podem sofrer com a falta de água.

O risco de queimadas e a escassez de água

Esse período de estiagem no inverno também é marcado pelo aumento das queimadas em todo o país. Principalmente as margens das rodovias, é comum ver focos de queimadas provocadas pelas “bitucas” de cigarro arremessadas por motoristas ou mesmo pela ação de detritos como pedaços de vidro e latas, que com a incidência de raios solares, combinadas com o capim seco, provocam esses incêndios que, muitas vezes, atingem matas, parques e reservas florestais, comprometendo fauna e flora, e por consequência os mananciais.

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