Aedes aegypti. Um nome que até alguns anos atrás era pronunciado com curiosidade, hoje é conhecido de todos. Popularmente conhecido como “mosquito da dengue”, já não se limita a uma só doença. As três doenças transmitidas pela picada do Aedes aegypti têm sintomas semelhantes, mas com diferenças sutis. Uma quarta doença, menos falada na atualidade mas não menos grave, responsável por torna-lo mais conhecido na década de 1950, é a febre amarela.
Enquanto a dengue e a febre chikungunya provocam febres de até 39 °C, o zika vírus é marcado por febres brandas. As três doenças manifestam erupções na pele (manchas brancas ou avermelhadas) e vermelhidão nos olhos. Entre os sintomas da dengue e da chikungunya também estão dores no corpo: a dengue provoca dores musculares e a chikungunya dores intensas nas articulações, sintomas que podem durar sete dias.
No caso da dengue, há grande preocupação quanto a forma hemorrágica da doença. Na persistência de dores abdominais intensas, vômitos e sangramento de mucosas (nariz, gengiva, olhos, sangue nas fezes etc.), o paciente deve procurar de imediato tratamento médico.
A dengue é a mais mortal das três doenças e as pessoas infectadas não devem fazer uso de medicamentos com base em ácido acetilsalicílico ou anti-inflamatórios, sob o risco de agravamento do quadro clínico.
Dentre estas três doenças transmitidas pela picada do Aedes aegypti, o zika vírus é o que manifesta sintomas mais brandos e muitas vezes a doença é confundida com alergia. No entanto, apesar de sintomas mais brandos, a “zica”, como ficou popularmente conhecida, relaciona-se com uma síndrome neurológica que causa paralisia, a Síndrome de Guillain Barré.
O Ministério da Saúde também confirmou a relação entre o zika vírus e a microcefalia, e as investigações sobre os casos registrados no Brasil continuam em andamento para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e o período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.
Erradicado, o mosquito voltou…
Ao picar uma pessoa infectada com o vírus, a fêmea do Aedes aegypti passa por um período de incubação e, após oito a dez dias, já pode transmitir a doença. Como dissemos, são três doenças mas um só vetor, por isso sua forma de prevenção e erradicação é a mesma: evitar a proliferação do mosquito.
No início do século 20, a identificação do Aedes aegypti como transmissor da febre amarela urbana levou a uma grande campanha liderada pelo cientista e epidemiologista Oswaldo Cruz que levou, em 1955, à erradicação do mosquito no país. Em 1958, o país foi considerado livre do vetor pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, a erradicação não recobriu a totalidade do continente americano e o vetor permaneceu em áreas como Venezuela, sul dos Estados Unidos, Guianas e Suriname, além de toda a extensão insular que engloba Caribe e Cuba.
Os deslocamentos humanos (marítimos ou terrestres) – dinâmica facilitada pela grande resistência do ovo do vetor ao ressecamento e o relaxamento das medidas de controle após a erradicação do mosquito no Brasil – contribuíram para sua reintrodução no país no final da década de 1960. Hoje o mosquito é encontrado em todos os estados brasileiros.
A medida mais eficaz para a erradicação do Aedes aegypti é eliminar os pontos de acúmulo de água parada. Todos os anos ocorrem campanhas de prevenção e combate ao mosquito voltadas para os quintais de residências, terrenos abandonados, prédios públicos etc. No entanto, os casos não param de crescer e a situação tornou-se ainda mais preocupante com os registros da chikungunya e zika vírus associado a casos de microcefalia.
A solução não pode ser individual tipo “cuide do seu quintal e deixe que eu cuido do meu”. Somente com uma grande campanha de conscientização e medidas coletivas tomadas pelas iniciativas públicas e privadas, associadas as escolas, universidades, sociedade civil, instituições estatais serão capazes de erradicar o Aedes aegypti e as doenças que esse mosquito transmite.
Nós, do Grupo Hídrica, temos grande atenção e preocupação com o tema, uma vez que o meio em que o mosquito se reproduz é justamente nosso objeto de trabalho: a água. Conheça o nosso trabalho em https://grupohidrica.com.br.
Convidamos nossos clientes, parceiros e leitores deste breve texto para arregaçarem as mangas e tomarem medidas simples e práticas. Comece sim pela sua casa, mas mobilize seu quarteirão, sua empresa, sua escola. Não espere que alguém faça por você. Elimine todo e qualquer possível foco e objetos que acumulem água parada.
Vamos vencer essa batalha!